Boletim climático - junho/2024
- Condições oceânicas
- Atualização IRI/CPC - previsão oceânica
- Tendência de chuva para os próximos 3 meses
- Temperatura mínima
- Temperatura máxima
Condições oceânicas

Entre o período 26/05 a 22/06, as temperaturas da superfície do mar (TSM) quase abaixo da média expandiram-se através do Oceano Pacífico equatorial oriental (figura 1).
O índice semanal Nino-3.4 mais recente foi de +0,3°C, enquanto as anomalias de TSM permaneceram mais frias na região extremo leste de Nino-1+2 (-0,9°C) e mais quentes na região ocidental de Nino-4 (+0,5°C).
Condições ENSO neutras estão presentes.
Atualização IRI/CPC - previsão oceânica

A previsão do Instituto de Pesquisas Internacionais da Universidade de Columbia (IRI) junto ao CPC NOAA (figura 2), atualizada em junho, aponta uma diferença notável entre os números de probabilidade nas previsões do CPC NOAA do início do mês e nas previsões do IRI do meio do mês.
As previsões do CPC NOAA preveem uma probabilidade de 65% de ocorrência de La Niña em julho-setembro de 2024.
Em contraste, as previsões objetivas do IRI mostram um início tardio das condições de La Niña no Pacífico equatorial (50% de probabilidade em agosto-outubro de 2024), com persistência no verão, embora com probabilidades mais baixas variando de 51% a 58%.
As previsões preveem então um regresso às condições neutras do ENSO em fevereiro-abril de 2025.
Tendência de chuva para os próximos 3 meses
julho
Fig. 3: Média de precipitação em julho.
Fig. 4: Tendência de chuva para julho com desvio em relação ao que é normal para o mês.Segundo as projeções dos modelos climatológicos para julho de 2024, espera-se que o norte do Pará (PA), Amazonas (AM), Roraima (RR), Amapá (AP), Acre (AC), centro-sul do Mato Grosso do Sul (MS), extremo sul de São Paulo (SP), Paraná (PR) e Santa Catarina (SC) registrem níveis de chuva abaixo da média histórica.
As demais regiões deverão apresentar precipitações dentro dos padrões normais climatológicos, com exceção da região costeria do Nordeste, que deverá ter precipitação acima da média histórica.
agosto
Fig. 5: Média de precipitação em agosto.
Fig. 6: Tendência de chuva para agosto com desvio em relação ao que é normal para o mês.De acordo com as projeções climáticas para agosto de 2024, prevê-se que as regiões costeiras do Nordeste e o Sul recebam volumes de chuva acima da média.
Em contrapartida, áreas como o Norte, Nordeste, Goiás (GO), Mato Grosso (MT), Espírito Santo (ES) e centro-norte de Minas Gerais (MG) devem registrar índices pluviométricos abaixo do esperado para o período.
Espera-se que as demais áreas fiquem dentro da média climatológica.
setembro
Fig. 7: Média de precipitação em setembro.
Fig. 8: Tendência de chuva para setembro com desvio em relação ao que é normal para o mês.De acordo com as estimativas climáticas para setembro de 2024, apenas a região costeira de Santa Catarina (SC) deve apresentar níveis de precipitação acima da média.
Em contrapartida, diversas áreas, incluindo o Nordeste (com exceção da região costeira), MG, GO, ES, leste do PA, Piauí (PI), Rio de Janeiro (RJ) e o leste de MT, devem registrar acumulados de chuva abaixo do esperado para esta época do ano.
No entanto, espera-se que as demais regiões do país tenham precipitações dentro dos padrões climatológicos médios.
Temperatura mínima
Fig. 9a: julho
Fig. 9b: agosto
Fig. 9c: setembroCom base nas projeções dos modelos climáticos para as anomalias de temperatura mínima no Brasil nos meses de julho, agosto e setembro, prevê-se uma tendência de temperaturas mais altas do que o normal de forma generalizada.
Em julho, as anomalias de temperatura mínima variam entre 0,5 e 3,5°C acima do normal, com a maior parte do país apresentando um aumento nas temperaturas mínimas, especialmente no sul de GO, oeste de SP, MS e Triângulo Mineiro.
Em agosto, a tendência de anomalias positivas continua, indicando madrugadas mais quentes do que o habitual em várias áreas, especialmente no Sudeste, Centro-Oeste e Norte.
Em setembro, a previsão sugere uma distribuição mais ampla de anomalias, semelhante a agosto.
Temperatura máxima
Fig. 10a: julho
Fig. 10b: agosto
Fig. 10c: setembroAs projeções dos modelos climáticos para o Brasil nos meses de julho, agosto e setembro indicam um aumento nas temperaturas máximas em comparação à média histórica.
Em julho, espera-se que as anomalias de temperatura variem entre 0,5 e 5,5°C acima do normal, com o Centro-Oeste, o Sudeste e Sul sendo as regiões mais afetadas.
Em agosto, a tendência de calor persiste, com previsões de anomalias positivas para grande parte do território brasileiro.
Setembro segue o mesmo padrão, com anomalias de temperatura reforçando um trimestre consistentemente mais quente do que o usual, especialmente no oeste do Paraná (PR) e sul do MS com anomalias chegando a 6,5°C acima do normal.