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Publicado em

Boletim analítico - junho/2024

maio

Acumulado e anomalia de precipitação

Região Norte

Fig. 1a: Precipitação total Fig. 1a: Precipitação total
Fig. 1b: Anomalia de precipitação Fig. 1b: Anomalia de precipitação
Fonte: CPTEC/INPE

Em maio de 2024, a posição da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) ao norte do equador influenciou significativamente as anomalias de precipitação no extremo norte da região Norte do Brasil, especialmente no extremo norte dos estados do Pará (PA), Amazonas (AM), Amapá (AP) e boa parte de Roraima (RR).

Essas áreas experimentaram aumentos substanciais nas precipitações, excedendo a média histórica em mais de 400 mm.

Em contrapartida, outras regiões como o oeste do AM e Acre (AC) registraram déficits pluviométricos marcantes, com reduções de até 200 mm em relação ao esperado.

Região Nordeste

Fig. 2a: Precipitação total Fig. 2a: Precipitação total
Fig. 2b: Anomalia de precipitação Fig. 2b: Anomalia de precipitação
Fonte: CPTEC/INPE

No Nordeste, especialmente em sua porção leste, os acumulados foram acima da média devido à influência das Ondas de Leste.

Em contrapartida, outras áreas da região não apresentaram grandes déficits, indicando uma distribuição de chuvas mais equilibrada em relação ao que é normal para o mês.

Região Centro-Oeste

Fig. 3a: Precipitação total Fig. 3a: Precipitação total
Fig. 3b: Anomalia de precipitação Fig. 3b: Anomalia de precipitação
Fonte: CPTEC/INPE

Para o Centro-Oeste, principalmente o sul do Mato Grosso do Sul (MS) e faixa oeste do Mato Grosso (MT), as chuvas superaram a casa dos 100 mm.

De modo geral, destaca-se o padrão de volumes abaixo da média na região, embora algumas áreas com anomalias não muito acentuadas, mas, ainda assim, refletem o cenário de vários dias consecutivos sem chuvas pelo Goiás (GO), leste do MT e norte do MS.

Região Sudeste

Fig. 4a: Precipitação total Fig. 4a: Precipitação total
Fig. 4b: Anomalia de precipitação Fig. 4b: Anomalia de precipitação
Fonte: CPTEC/INPE

O estado de São Paulo (SP) foi o que mais recebeu chuvas durante o mês, assim como alguns pontos do oeste do Rio de Janeiro (RJ), sul de Minas Gerais (MG) e norte do Espírito Santo (ES).

As áreas costeiras de SP receberam os volumes mais significativos, superando 150 mm em certos pontos.

A maior parte da região, no entanto, fechou o mês com precipitações abaixo da média, abrangendo o noroeste paulista e a maior parte de MG, com anomalias negativas na casa de 75 mm.

Região Sul

Fig. 5a: Precipitação total Fig. 5a: Precipitação total
Fig. 5b: Anomalia de precipitação Fig. 5b: Anomalia de precipitação
Fonte: CPTEC/INPE

No decorrer do mês, a região enfrentou precipitações excepcionalmente altas, em particular a porção central do Rio Grande do Sul (RS), majoritariamente impulsionadas pelo fenômeno El Niño.

As temperaturas elevadas nas águas do oceano Atlântico Sul contribuíram com o aumento de umidade na região, que, ao interagir com o ar quente proveniente da Amazônia e ar mais frio do sul, intensificou a formação de instabilidades.

Além disso, um anticiclone posicionado na região centro-sul do país atuou como um bloqueio atmosférico, impedindo que as frentes frias avançassem para o norte. Esta interação entre massas de ar contrastantes resultou em chuvas intensas, ultrapassando 800 mm em diversas localidades, conforme indicado nos mapas acumulados e nas anomalias de precipitação, respectivamente.

Esses eventos ressaltam a influência direta de fenômenos globais como o El Niño nas condições meteorológicas regionais, enfatizando a necessidade de monitoramento e preparação para eventos extremos.

Anomalia de temperaturas mínima e máxima

Região Norte

Fig. 6a: Anomalia da temperatura mínima Fig. 6a: Anomalia da temperatura mínima
Fig. 6b: Anomalia da temperatura máxima Fig. 6b: Anomalia da temperatura máxima
Fonte: CPTEC/INPE

As temperaturas mínimas tiveram um padrão mais quente de modo geral, com destaque para o PA e AM, com até 2°C acima do normal, enquanto o Tocantins (TO) apresentou anomalias negativas.

Em contraste, para as temperaturas máximas, a maior parte da região, especialmente o AM, norte do PA, RR, AC, Rondônia (RO) e AP resultaram em anomalias negativas de até -2,5°C, ao passo que a metade sul do PA e grande parte do TO tiveram tardes de até 2,5°C mais quentes.

Região Nordeste

Fig. 7a: Anomalia da temperatura mínima Fig. 7a: Anomalia da temperatura mínima
Fig. 7b: Anomalia da temperatura máxima Fig. 7b: Anomalia da temperatura máxima
Fonte: CPTEC/INPE

O comportamento das temperaturas foi bastante variado, com diferentes áreas responsáveis por ficarem acima ou abaixo da média histórica.

As temperaturas mínimas mostraram uma diversidade de anomalias, sendo mais significativas no norte do Ceará (CE) e em pontos do sul da Bahia (BA), registrando até 3°C acima do normal, contrastando com zonas que tiveram declínios de até -2,5°C.

Paralelamente, as temperaturas máximas obtiveram valores até 3°C acima do normal, enquanto outras regiões, principalmente entre o Piauí (PI) e o CE, e no interior da BA, apresentaram resfriamento de até -3°C.

Região Centro-Oeste

Fig. 8a: Anomalia da temperatura mínima Fig. 8a: Anomalia da temperatura mínima
Fig. 8b: Anomalia da temperatura máxima Fig. 8b: Anomalia da temperatura máxima
Fonte: CPTEC/INPE

As temperaturas mínimas em locais específicos, como no sul de GO, faixa leste do MT e do MS ficaram acima do normal, com anomalias de até 2,5°C.

Contrastando com isso, houve uma tendência de resfriamento nas temperaturas máximas em várias partes da Região, com algumas áreas centrais do MS e nordeste de GO mostrando declínios de até -1,5°C, indicando temperaturas mais frias do que o usual. Tendo apenas a faixa leste do MS com anomalias positivas, chegando até 2,5°C acima da climatologia.

Região Sudeste

Fig. 9a: Anomalia da temperatura mínima Fig. 9a: Anomalia da temperatura mínima
Fig. 9b: Anomalia da temperatura máxima Fig. 9b: Anomalia da temperatura máxima
Fonte: CPTEC/INPE

A região enfrentou significativas anomalias positivas tanto nas temperaturas mínimas quanto máximas, refletindo um aquecimento geral acima do padrão histórico.

As temperaturas mínimas excederam a média normal em mais de 3°C em diversas áreas, indicando noites consideravelmente mais quentes que o usual, especialmente na faixa leste da região.

Paralelamente, as temperaturas máximas também registraram elevações notáveis, com anomalias superando 3°C em várias localidades, incluindo o interior de SP e partes do centro-sul de MG.

Região Sul

Fig. 10a: Anomalia da temperatura mínima Fig. 10a: Anomalia da temperatura mínima
Fig. 10b: Anomalia da temperatura máxima Fig. 10b: Anomalia da temperatura máxima
Fonte: CPTEC/INPE

No Sul, as temperaturas mínimas mostraram um aquecimento significativo em quase toda a região, com áreas centrais e o norte do Paraná (PR) registrando aumentos de até 3°C acima da média.

Por outro lado, as temperaturas máximas exibiram um padrão contrastante, onde a maior parte da região experimentou um resfriamento, com áreas do RS e partes de Santa Catarina (SC) mostrando reduções de até -3°C.

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