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Boletim climático - maio/2024

Condições oceânicas

Fig. 1: Anomalia de temperatura da superfície do mar entre 21/04/2024 e 18/05/2024
Fig. 1: Anomalia de temperatura da superfície do mar entre 21/04/2024 e 18/05/2024. Fonte: esrl.noaa.gov

Entre o período 21/04 a 18/05, a porção equatorial do Oceano Pacífico apresentou mudanças no comportamento da temperatura da superfície (figura 1). Essa alteração resultou em uma anomalia de temperatura de 0,2°C na região do Niño 3.4, de acordo com o Centro de Previsões de Clima (CPC), indicando que a transição da fase positiva do El Niño Oscilação Sul (ENSO) para a neutralidade já começou.

Atualização IRI/CPC - previsão oceânica

Fig. 2: Previsão de consenso dos institutos NOAA e IRI, atualizada em 09/05/2024
Fig. 2: Previsão de consenso dos institutos NOAA e IRI, atualizada em 09/05/2024. Fonte: iri.columbia.edu

A previsão do Instituto de Pesquisas Internacionais da Universidade de Columbia (IRI) junto ao CPC (figura 2), atualizada no início de maio, aponta uma maior probabilidade de fase neutra do ENSO até o trimestre maio-junho-julho.

Já para os meses do início da estação chuvosa até o início de 2025, a tendência é de que as temperaturas do oceano favoreçam a formação de La Niña de fraca a moderada intensidade. Uma transição de fato do El Niño para o ENSO neutro é provável no próximo mês. La Niña pode se desenvolver em junho-agosto de 2024 (49% de chance) ou julho-setembro (69% de chance).

Tendência de chuva para os próximos 3 meses

junho

Fig. 3: Média de precipitação em junho Fig. 3: Média de precipitação em junho.
Fig. 4: Tendência de chuva para junho com desvio em relação ao que é normal para o mês Fig. 4: Tendência de chuva para junho com desvio em relação ao que é normal para o mês.
Fonte: CHIRPS (estimativa de satélite)

De acordo com os modelos climatológicos para junho de 2024, as projeções indicam que os estados do Pará (PA), Amazonas (AM), Roraima (RR), Amapá (AP), Acre (AC), Mato Grosso do Sul (MS), centro-oeste de São Paulo (SP), Triângulo Mineiro, sul de Minas Gerais (MG), centro-oeste do Paraná (PR), Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS) apresentarão acumulados pluviométricos abaixo da média histórica.

As demais regiões deverão registrar precipitação dentro dos parâmetros climatológicos normais.

julho

Fig. 5: Média de precipitação em julho Fig. 5: Média de precipitação em julho.
Fig. 6: Tendência de chuva para julho com desvio em relação ao que é normal para o mês Fig. 6: Tendência de chuva para julho com desvio em relação ao que é normal para o mês.
Fonte: CHIRPS (estimativa de satélite)

Segundo as projeções climáticas para julho de 2024, a região costeira do Nordeste está prevista para receber volumes de chuva superiores à média.

Por outro lado, áreas como o norte do PA, AM, AC, AP, RR, MS, Triângulo Mineiro, sul de MG, sul de Goiás (GO), extremo sul do Mato Grosso (MT), MS, SP, PR, SC e RS deverão apresentar índices pluviométricos abaixo do esperado para a época.

Espera-se que o restante fique dentro da média climatológica.

agosto

Fig. 7: Média de precipitação em agosto Fig. 7: Média de precipitação em agosto.
Fig. 8: Tendência de chuva para agosto com desvio em relação ao que é normal para o mês Fig. 8: Tendência de chuva para agosto com desvio em relação ao que é normal para o mês.
Fonte: CHIRPS (estimativa de satélite)

Conforme as estimativas climáticas para agosto de 2024, apenas a região costeira do Nordeste deve experimentar níveis de precipitação acima da média.

Em contrapartida, uma gama de regiões, incluindo o norte do PA, AM, AC, AP, RR, MS, norte de Rondônia (RO), Triângulo Mineiro, sul de MG, sul do GO, extremo sul do MT, MS, SP, PR, SC e RS devem registrar acumulados de chuva abaixo dos níveis esperados para esta época do ano.

Projeta-se que as demais regiões do país apresentem precipitações dentro dos padrões climatológicos médios.

Temperatura mínima

Fig. 9a: junho Fig. 9a: junho
Fig. 9b: julho Fig. 9b: julho
Fig. 9c: agosto Fig. 9c: agosto
Fig. 9: Menor temperatura mínima prevista para: (a) junho; (b) julho; (c) agosto.

Com base nas projeções dos modelos climáticos para as anomalias de temperatura mínima no Brasil para os meses de junho, julho e agosto, observa-se uma tendência de temperaturas mais quentes que o normal em algumas regiões, enquanto outras permanecem próximas à média.

Em junho, as anomalias de temperatura mínima variam de -0,5 a 3,5°C acima do normal, com a maior parte do país exibindo um leve aumento nas temperaturas mínimas, especialmente em GO e Triângulo Mineiro.

Para julho, a tendência de anomalias levemente positivas se mantém, sugerindo madrugadas mais quentes do que o habitual em várias áreas, particularmente no Sudeste e no Centro-Oeste.

Em agosto, a previsão indica uma dispersão mais ampla de anomalias, com algumas regiões experimentando temperaturas mínimas ligeiramente na média climatológica, enquanto outras mantêm o padrão de anomalias positivas.

Temperatura máxima

Fig. 10a: junho Fig. 10a: junho
Fig. 10b: julho Fig. 10b: julho
Fig. 10c: agosto Fig. 10c: agosto
Fig. 10: Maior temperatura máxima prevista para: (a) junho; (b) julho e (c) agosto.

As projeções dos modelos climáticos para o Brasil nos meses de junho, julho e agosto indicam um aumento nas temperaturas máximas em relação à média histórica.

Para junho, espera-se que as anomalias de temperatura variem entre 0,5 e 5,5°C acima do normal, com o Centro-Oeste e o Sudeste do país sendo as regiões mais afetadas.

Em julho, a tendência de calor continua, com previsões similares que abrangem uma grande parte do território brasileiro.

Agosto segue o mesmo padrão, com anomalias de temperatura que reforçam um trimestre consistentemente mais quente que o usual. Este padrão pode ser resultado de variações na temperatura superficial dos oceanos e outros fatores climáticos globais.

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