Boletim analítico - maio/2024
abril
Acumulado e anomalia de precipitação
Região Norte
Fig. 1a: Precipitação total
Fig. 1b: Anomalia de precipitaçãoPara a anomalia de precipitação observada na região Norte em abril de 2024, identificou-se que os estados do PA, TO e o leste do AM registraram anomalias positivas notavelmente elevadas, com volumes pluviométricos superando a média histórica em mais de 400 mm.
A influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que frequentemente modula os padrões de precipitação na área, pode ser parcialmente responsável por este fenômeno. Durante o período em análise, a ZCIT alcançou sua posição mais meridional, contribuindo para intensificar as precipitações na região.
Em contraste, as demais áreas da região Norte exibiram anomalias negativas significativas, com déficits pluviométricos de até 400 mm em relação ao esperado.
Região Nordeste
Fig. 2a: Precipitação total
Fig. 2b: Anomalia de precipitaçãoPara a região Nordeste do Brasil, as anomalias de precipitação referente a abril de 2024 indicam um padrão predominantemente positivo de anomalias em quase toda a região.
As áreas mais ao norte da região apresentaram anomalias positivas significativas, com volumes pluviométricos excedendo a média histórica em mais de 400 mm.
Esse fenômeno é comumente associado à atividade da ZCIT, que favorece a ocorrência de precipitações intensas nessa localidade geográfica.
Região Centro-Oeste
Fig. 3a: Precipitação total
Fig. 3b: Anomalia de precipitaçãoNo mapa de anomalias de precipitação para a região Centro-Oeste do Brasil em abril de 2024, observa-se variações notáveis em áreas geográficas específicas.
De forma mais detalhada, regiões centro-norte do MT e o centro de MS exibiram anomalias positivas, com precipitação excedendo a média em até 200 mm.
Em contrapartida, áreas no sul de MS e leste de GO apresentaram anomalias negativas, registrando precipitação até 100 mm abaixo do esperado.
Região Sudeste
Fig. 4a: Precipitação total
Fig. 4b: Anomalia de precipitaçãoO mapa de anomalias de precipitação para a região Sudeste do Brasil em abril de 2024 revela que a maioria das áreas registrou anomalias negativas, com déficits de até 100 mm em relação à média histórica.
No entanto, exceções notáveis foram observadas no sudoeste de SP e noroeste de MG, onde as anomalias foram positivas, indicando precipitações acima da média. Além disso, grandes extensões em MG e SP apresentaram acumulados pluviométricos de até 10 mm.
Região Sul
Fig. 5a: Precipitação total
Fig. 5b: Anomalia de precipitaçãoEm abril de 2024, o mapa de anomalias de precipitação da região Sul do Brasil mostra que, de maneira generalizada, a região registrou precipitações significativamente acima da média, com anomalias positivas superiores a 400 mm.
Essas anomalias positivas em RS e SC podem ser atribuídas à presença de uma frente fria estacionária que provocou chuvas extremas no final do mês.
Em contraste, o norte do PR e o centro de SC exibiram precipitações abaixo do esperado, com anomalias negativas de até 75 mm.
Anomalia de temperaturas mínima e máxima
Região Norte
Fig. 6a: Anomalia da temperatura mínima
Fig. 6b: Anomalia da temperatura máximaNos mapas de anomalia de temperatura para a região Norte em abril de 2024, as temperaturas mínimas mostraram-se elevadas em relação à média histórica, com anomalias chegando até 2,5°C acima da média nos estados do AC e RO.
Por outro lado, as temperaturas máximas apresentaram anomalias mais moderadas, variando de forma generalizada entre 0,5°C acima e abaixo da média esperada para o período.
Essas anomalias negativas diurnas podem ser atribuídas à elevada nebulosidade associada à presença da ZCIT, que intensifica a cobertura de nuvens e, consequentemente, resulta em temperaturas mais baixas durante o dia.
Região Nordeste
Fig. 7a: Anomalia da temperatura mínima
Fig. 7b: Anomalia da temperatura máximaOs mapas de anomalias de temperatura para a região Nordeste em abril de 2024 indicam que as temperaturas mínimas, de forma generalizada, apresentaram anomalias positivas.
Destacam-se o norte do CE e a região da fronteira agrícola do Matopiba, onde as anomalias alcançaram até 3°C acima da média histórica.
Em contrapartida, as temperaturas máximas exibiram anomalias negativas durante o dia, com reduções que chegaram a 3°C em alguns locais.
Região Centro-Oeste
Fig. 8a: Anomalia da temperatura mínima
Fig. 8b: Anomalia da temperatura máximaPara abril de 2024, as anomalias de temperatura na região Centro-Oeste do Brasil mostraram padrões distintos para temperaturas mínimas e máximas.
As temperaturas mínimas foram predominantemente positivas em toda a região, com destaque para o sudoeste de MT e MS, onde as anomalias ultrapassaram 3°C acima da média histórica.
Em relação às temperaturas máximas, MT, GO e o norte de MS registraram anomalias negativas de até 2°C abaixo da média.
Por outro lado, o sul de MS e MT exibiram anomalias positivas nas temperaturas máximas, com valores até 2,5°C acima da média histórica.
Região Sudeste
Fig. 9a: Anomalia da temperatura mínima
Fig. 9b: Anomalia da temperatura máximaPara abril de 2024, os mapas de anomalia de temperatura da região Sudeste do Brasil mostram variações distintas para temperaturas mínimas e máximas.
As temperaturas mínimas, em geral, superaram a média em toda a região, com o estado inteiro de SP apresentando as maiores anomalias, alcançando até 3°C acima da média histórica.
Por outro lado, as temperaturas máximas revelaram um padrão diferente, especialmente no norte de MG, no RJ e no ES, onde foram registradas anomalias negativas, com temperaturas até 2°C abaixo do normal para o período.
Região Sul
Fig. 10a: Anomalia da temperatura mínima
Fig. 10b: Anomalia da temperatura máximaEm abril de 2024, a região Sul do Brasil apresentou padrões distintos de temperatura.
As temperaturas mínimas, de forma generalizada, estiveram acima da média, com anomalias positivas chegando a até 3°C, especialmente na faixa oeste da região.
Por outro lado, as temperaturas máximas na faixa leste de SC e no RS exibiram anomalias negativas, com reduções que alcançaram 2,5°C abaixo da média climatológica.
Essas anomalias negativas diurnas em RS e SC podem ser atribuídas à presença de uma frente fria estacionária persistente que, ao provocar chuvas extremas no final do mês, intensificou a cobertura de nuvens e, consequentemente, resultou em temperaturas mais baixas durante o dia.
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