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Boletim climático - abril/2024

Condições oceânicas

Fig. 1: Anomalia de temperatura da superfície do mar entre 24/03/2024 e 20/04/2024
Fig. 1: Anomalia de temperatura da superfície do mar entre 24/03/2024 e 20/04/2024. Fonte: esrl.noaa.gov

Do final de março à meados de abril, as águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial continuaram com temperaturas acima da média (figura 1), reforçando a manutenção da fase positiva do El Niño Oscilação Sul (ENSO), o qual está ativo desde maio de 2023.

Perante a anomalia de temperatura de 0,7°C observada, o fenômeno agora é classificado como de fraca intensidade, apresentando tendência de enfraquecimento para os próximos dias, entrando no período de neutralidade.

Atualização IRI/CPC - previsão oceânica

Fig. 2: Previsão de consenso dos institutos NOAA e IRI, atualizada em 22/04/2024
Fig. 2: Previsão de consenso dos institutos NOAA e IRI, atualizada em 22/04/2024. Fonte: iri.columbia.edu

Conforme a previsão probabilística do Instituto de Pesquisas Internacionais da Universidade de Columbia (IRI) e do Centro de Previsões de Clima (CPC) (figura 2), publicada em 22/04, a duração do El Niño deve se estender até meados de maio, assim entrando no estágio de neutralidade.

A transição de El Niño para ENSO neutro é provável entre maio-junho de 2024 (85% de probabilidade), com probabilidades de La Niña se desenvolver entre junho-agosto de 2024 (60% de probabilidade).

Tendência de chuva para os próximos 3 meses

maio

Fig. 3: Média de precipitação em maio Fig. 3: Média de precipitação em maio.
Fig. 4: Tendência de chuva para maio com desvio em relação ao que é normal para o mês Fig. 4: Tendência de chuva para maio com desvio em relação ao que é normal para o mês.
Fonte: CHIRPS (estimativa de satélite)

De acordo com os modelos climatológicos para o mês de maio de 2024, as projeções indicam que o MT, GO, MS, centro-sul de SP, RO e o norte do PR experimentarão índices pluviométricos abaixo da média histórica.

Em contraste, o leste do Nordeste e a maioria da região Sul deverão registrar precipitações superiores à média climatológica.

As demais regiões devem apresentar precipitação dentro dos parâmetros normais.

junho

Fig. 5: Média de precipitação em junho Fig. 5: Média de precipitação em junho.
Fig. 6: Tendência de chuva para junho com desvio em relação ao que é normal para o mês Fig. 6: Tendência de chuva para junho com desvio em relação ao que é normal para o mês.
Fonte: CHIRPS (estimativa de satélite)

Segundo as projeções climáticas para junho de 2024, a região costeira do Nordeste está prevista para receber volumes de chuva superiores à média.

Por outro lado, áreas como o oeste da BA, ES, RJ, MG, GO, extremo sul do TO, extremo sul do PA, MT, RO, MS e extremo norte do PR deverão apresentar índices pluviométricos abaixo do esperado para a época.

Espera-se que o restante fique dentro da média climatológica.

julho

Fig. 7: Média de precipitação em julho Fig. 7: Média de precipitação em julho.
Fig. 8: Tendência de chuva para julho com desvio em relação ao que é normal para o mês Fig. 8: Tendência de chuva para julho com desvio em relação ao que é normal para o mês.
Fonte: CHIRPS (estimativa de satélite)

Conforme as estimativas climáticas para julho de 2024, observa-se que apenas a região costeira do Nordeste deve experimentar níveis de precipitação acima da média.

Em contrapartida, uma gama de regiões, incluindo o centro-sul do MS, extremo sul e oeste de SP, PR, SC e RS está prevista para manter índices pluviométricos abaixo do esperado para o período.

Entretanto, espera-se que o restante do país fique dentro da média climatológica.

Temperatura mínima

Fig. 9a: maio Fig. 9a: maio
Fig. 9b: junho Fig. 9b: junho
Fig. 9c: julho Fig. 9c: julho
Fig. 9: Menor temperatura mínima prevista para: (a) maio; (b) junho; (c) julho.

Durante os próximos 3 meses é esperado que em algum momento de cada mês a menor temperatura mínima atinja patamares mais frios, o que é uma condição natural para a época do ano.

Em maio, o destaque fica para o RS, leste dos estados de SC, PR e SP, além do sul de MG, onde a mínima pode cair de forma mais significativa.

Para junho, a probabilidade de manhãs frias segue para as mesmas áreas de maio, além do avanço do ar mais frio pelo restante de SC e do PR, assim como no sul do MS e para algumas áreas da porção central e leste de MG.

Já para julho, a expectativa é de que temperaturas bem mais frias possam ocorrer desde o RS até o sul do MS e SP, sendo que nas demais áreas do Centro-Oeste e do Sudeste os termômetros também podem descer mais devido à passagem de frentes frias mais continentais.

Temperatura máxima

Fig. 10a: maio Fig. 10a: maio
Fig. 10b: junho Fig. 10b: junho
Fig. 10c: julho Fig. 10c: julho
Fig. 10: Maior temperatura máxima prevista para: (a) maio; (b) junho e (c) julho.

Embora os próximos meses estejam dentre os que mais apresentam as temperaturas mais frias do ano em grande parte do Brasil, as tardes podem ter temperaturas elevadas dependendo das condições do tempo.

Para maio, há possibilidade de os termômetros ficarem próximos de 40°C em grande parte do Centro-Oeste e de SP, além do Triângulo Mineiro e sul do TO.

Já em junho, as áreas com condições para fazer mais calor estão entre o norte do MS e o sul do MT, além da região de divisa dos estados de GO, MT e TO.

Por último, em julho a tendência é de mais uma vez as maiores temperaturas ocorrerem no Centro- Oeste, em especial no sul do MT, mas algumas áreas da porção central do TO, entre RO e o AM, além do Triângulo Mineiro, também podem ter tardes com mais calor.

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