Ir direto para o conteúdo

Blog Zeus

Publicado em

Boletim analítico - julho/2024

junho

Acumulado e anomalia de precipitação

Região Norte

Fig. 1a: Precipitação total Fig. 1a: Precipitação total
Fig. 1b: Anomalia de precipitação Fig. 1b: Anomalia de precipitação
Fonte: CPTEC/INPE

A posição da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) ao norte do equador influenciou significativamente as anomalias de precipitação no extremo norte da região Norte do Brasil em junho de 2024, especialmente no norte de Roraima (RR).

Esta área experimentou um aumento substancial nas precipitações, excedendo a média histórica em mais de 500 mm (figura 1a).

No Amazonas (AM) e Pará (PA), observa-se uma grande variação na distribuição da precipitação. As áreas representadas em verde e amarelo indicam precipitações moderadas, variando entre 40 e 250 mm.

Por outro lado, os estados do Acre (AC), sul do AM, partes do PA, Rondônia (RO) e Tocantins (TO) apresentam menores acumulados de precipitação, com valores predominantemente abaixo de 30 mm, identificados pelas cores azul claro e azul escuro.

Região Nordeste

Fig. 2a: Precipitação total Fig. 2a: Precipitação total
Fig. 2b: Anomalia de precipitação Fig. 2b: Anomalia de precipitação
Fonte: CPTEC/INPE

Nesse período, a região costeira do Nordeste do Brasil apresentou significativas anomalias positivas de precipitação, especialmente no Rio Grande do Norte (RN), Maranhão (MA), Paraíba (PB), Pernambuco (PE), Alagoas (AL) e sul da Bahia (BA).

Essas áreas registraram chuvas muito acima da média histórica, destacadas pelas cores verde escuro no mapa (figura 2b).

Região Centro-Oeste

Fig. 3a: Precipitação total Fig. 3a: Precipitação total
Fig. 3b: Anomalia de precipitação Fig. 3b: Anomalia de precipitação
Fonte: CPTEC/INPE

No Centro-Oeste, as chuvas não acumularam mais do que 20 mm (figura 3a).

As anomalias foram predominantemente negativas, com desvios significativos em relação à média histórica, sendo o sul do Mato Grosso do Sul (MS) a área mais afetada, chegando até -100 mm (figura 3b).

Região Sudeste

Fig. 4a: Precipitação total Fig. 4a: Precipitação total
Fig. 4b: Anomalia de precipitação Fig. 4b: Anomalia de precipitação
Fonte: CPTEC/INPE

Os maiores volumes da Região ocorreram pela faixa litorânea de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Espírito Santo (ES), além do nordeste de Minas Gerais (MG).

Em contrapartida, a maior parte da região teve valores muito baixos ou a ausência de chuvas (figura 4a).

As anomalias foram amplamente negativas, em especial no sul de SP, na faixa de -100 mm (figura 4b).

Região Sul

Fig. 5a: Precipitação total Fig. 5a: Precipitação total
Fig. 5b: Anomalia de precipitação Fig. 5b: Anomalia de precipitação
Fonte: CPTEC/INPE

No Sul do país os acumulados foram significativos, principalmente no norte do Rio Grande do Sul (RS), ultrapassando os 350 mm (figura 5a).

De modo contrário, o extremo norte do Paraná (PR) teve acumulados muito baixos, de até 10 mm, ou não recebeu chuva durante o mês. As anomalias foram amplamente positivas no RS e em Santa Catarina (SC), bem acima da média histórica.

Já no PR o predomínio foi de chuvas abaixo do normal, girando em torno de até -200 mm em algumas áreas (figura 5b).

Anomalia de temperaturas mínima e máxima

Região Norte

Fig. 6a: Anomalia da temperatura mínima Fig. 6a: Anomalia da temperatura mínima
Fig. 6b: Anomalia da temperatura máxima Fig. 6b: Anomalia da temperatura máxima
Fonte: CPTEC/INPE

As anomalias de temperatura mínima no Norte do Brasil seguiram um padrão mais quente, com o sul da Região apresentando desvios de até 2,5°C acima da média, exceto no TO, onde as anomalias foram de até 2,5°C abaixo da média climatológica (figura 6a).

Por outro lado, a temperatura máxima ficou até 3°C acima da média no sul da Região, enquanto o extremo norte, incluindo RR e Amapá (AP), registrou até 2°C abaixo da média (figura 6b).

Região Nordeste

Fig. 7a: Anomalia da temperatura mínima Fig. 7a: Anomalia da temperatura mínima
Fig. 7b: Anomalia da temperatura máxima Fig. 7b: Anomalia da temperatura máxima
Fonte: CPTEC/INPE

Em junho de 2024, as anomalias de temperatura mínima na região Nordeste do Brasil mostraram um padrão de desvios positivos, com várias áreas registrando até 3°C acima da média histórica.

No entanto, áreas isoladas como o centro-sul da BA e centro-sul do Piauí (PI) apresentaram anomalias negativas de até -2°C (figura 7a). As anomalias de temperatura máxima mostraram um cenário mais variado.

Enquanto grande parte da região apresentou desvios positivos, com até 2,5°C acima da média, o litoral do Ceará (CE) e sul da BA destacaram-se com anomalias negativas significativas, chegando a -3°C (figura 7b).

Região Centro-Oeste

Fig. 8a: Anomalia da temperatura mínima Fig. 8a: Anomalia da temperatura mínima
Fig. 8b: Anomalia da temperatura máxima Fig. 8b: Anomalia da temperatura máxima
Fonte: CPTEC/INPE

Em junho, o padrão da temperatura mínima foi predominantemente positivo, com várias áreas na casa de 3°C ou mais acima da média histórica, principalmente no sul do MS (figura 8a).

No entanto, algumas áreas, como partes do Mato Grosso (MT) e Goiás (GO), registraram anomalias negativas de até -1,5°C.

Referente às temperaturas máximas, o cenário foi de tardes mais quentes, em especial no MS com até 3°C acima do normal. Algumas áreas isoladas no norte de GO apresentaram anomalias negativas de até -2°C (figura 8b).

Região Sudeste

Fig. 9a: Anomalia da temperatura mínima Fig. 9a: Anomalia da temperatura mínima
Fig. 9b: Anomalia da temperatura máxima Fig. 9b: Anomalia da temperatura máxima
Fonte: CPTEC/INPE

No Sudeste as manhãs também tiveram temperatura mais elevadas que o normal, com várias áreas registrando até 3°C de anomalia, com destaque para o oeste de SP (figura 9a).

Outras áreas, como o extremo norte de MG, RJ e sul do Espírito Santo ES, obtiveram anomalias negativas de até -1,5°C.

Sobre a temperatura máxima, o calor também se fez presente além do comum, sobretudo em SP e centro-sul de MG, com números até 3°C acima da média.

Algumas áreas isoladas, como o norte do ES e norte de MG, apresentaram anomalias negativas menores, de até -1°C (figura 9b).

Região Sul

Fig. 10a: Anomalia da temperatura mínima Fig. 10a: Anomalia da temperatura mínima
Fig. 10b: Anomalia da temperatura máxima Fig. 10b: Anomalia da temperatura máxima
Fonte: CPTEC/INPE

Por fim, no Sul as anomalias de temperatura mínima resultaram em um padrão positivo de forma bastante abrangente, com várias áreas ultrapassando os 3°C acima da média climatológica (figura 10a). Áreas isoladas no norte do PR tiveram anomalias negativas de até -1°C.

Sobre as anomalias de temperatura máxima, o padrão seguiu com valores acima do normal com destaque para o RS, onde os desvios passaram de 3°C acima da média.

Algumas áreas no leste de SC apresentaram anomalias negativas na faixa de -1°C (figura 10b).

Política de Compartilhamento de Conteúdo

Todo o conteúdo deste blog é protegido por direitos autorais e pertence a Zeus Agro Tecnologia e Serviços Agrícolas S/A. No entanto, incentivamos o compartilhamento responsável e a disseminação das informações aqui presentes.

Você pode compartilhar trechos do conteúdo deste blog, desde que:

  • Cite a fonte original (nome do site e/ou URL).
  • Inclua um link ativo para a página específica do conteúdo compartilhado.
  • Não modifique o conteúdo de forma a distorcer o significado original.

O que não é permitido:

  • Copiar integralmente o conteúdo sem a devida atribuição.
  • Usar o conteúdo para fins comerciais sem autorização prévia.

Agradecemos por respeitar nossos direitos autorais e por compartilhar nosso conteúdo de maneira ética e responsável.