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Boletim climático - julho/2024

Condições oceânicas

Fig. 1: Anomalia de temperatura da superfície do mar entre 16/06/2024 e 13/07/2024
Fig. 1: Anomalia de temperatura da superfície do mar entre 16/06/2024 e 13/07/2024. Fonte: esrl.noaa.gov

Entre o período 16/06 a 13/07, as temperaturas equatoriais da superfície do mar (TSM) estão acima da média no Pacífico ocidental e centro-oeste, próximas da média no Pacífico centro-leste e abaixo da média no leste do Oceano Pacífico (figura 1).

O índice semanal Nino-3.4 mais recente foi de +0,3°C, enquanto as anomalias de TSM permaneceram mais frias na região extremo leste de Nino-1+2 (-0,2°C) e mais quentes na região ocidental de Nino-4 (+0,7°C).

Condições ENSO neutras estão presentes.

Atualização IRI/CPC - previsão oceânica

Fig. 2: Previsão de consenso dos institutos NOAA e IRI, atualizada em 11/07/2024
Fig. 2: Previsão de consenso dos institutos NOAA e IRI, atualizada em 11/07/2024. Fonte: iri.columbia.edu

A previsão do Instituto de Pesquisas Internacionais da Universidade de Columbia (IRI) junto ao CPC NOAA (figura 2), atualizada em julho, aponta que a transição para o La Niña ocorra entre agosto-outubro. Isso é, em parte, apoiado pela continuação de temperaturas oceânicas abaixo da média e previsões de curto prazo sugerindo um ressurgimento de anomalias de vento de leste em julho.

Em resumo, espera-se que o ENSO neutro continue pelos próximos meses, com La Niña favorecida para surgir durante agosto-outubro (70% de chance) e persistir no verão do hemisfério sul de 2024-25 (79% de chance durante novembro-janeiro).

Tendência de chuva para os próximos 3 meses

agosto

Fig. 3: Média de precipitação em agosto Fig. 3: Média de precipitação em agosto.
Fig. 4: Tendência de chuva para agosto com desvio em relação ao que é normal para o mês Fig. 4: Tendência de chuva para agosto com desvio em relação ao que é normal para o mês.
Fonte: CHIRPS (estimativa de satélite)

A climatologia de agosto no Brasil mostra alta precipitação no Noroeste (até 300 mm), moderada no Sul (até 150 mm) e baixa no Centro-Oeste e Sudeste (exceto Mato Grosso do Sul e São Paulo) e Nordeste (exceto na região costeira).

A previsão de anomalia de precipitação para agosto de 2024 indica desvio negativo no Nordeste, com tendência de precipitação abaixo da média, enquanto a região costeira do Nordeste apresenta precipitação acima da média.

O restante do país está dentro da média, sem desvios significativos.

setembro

Fig. 5: Média de precipitação em setembro Fig. 5: Média de precipitação em setembro.
Fig. 6: Tendência de chuva para setembro com desvio em relação ao que é normal para o mês Fig. 6: Tendência de chuva para setembro com desvio em relação ao que é normal para o mês.
Fonte: CHIRPS (estimativa de satélite)

A climatologia de setembro no Brasil mostra alta precipitação no Noroeste e Sul (até 250 mm), moderada no Centro-Oeste e Sudeste (até 100 mm) e baixa no Nordeste (exceto na região costeira).

A previsão de anomalia de precipitação para setembro de 2024 indica desvio negativo no extremo Norte, especialmente na região do norte do Pará e Amapá, sugerindo precipitação abaixo da média.

Na região costeira do Sudeste (São Paulo) há pequenas áreas com precipitação ligeiramente acima da média.

O restante do país está dentro da média, sem desvios significativos.

outubro

Fig. 7: Média de precipitação em outubro Fig. 7: Média de precipitação em outubro.
Fig. 8: Tendência de chuva para outubro com desvio em relação ao que é normal para o mês Fig. 8: Tendência de chuva para outubro com desvio em relação ao que é normal para o mês.
Fonte: CHIRPS (estimativa de satélite)

A climatologia de outubro no Brasil mostra alta precipitação no Noroeste e Sul (até 300 mm), moderada no Centro-Oeste e Sudeste (até 150 mm) e baixa no Nordeste (exceto região costeira).

A previsão de anomalia de precipitação para outubro de 2024 indica desvio negativo no Norte, especialmente na região do Pará e Amapá, sugerindo precipitação abaixo da média.

Na região costeira do Sudeste (Rio de Janeiro) e no Rio Grande do Sul, especialmente na área de Pelotas, pequenas áreas mostram precipitação ligeiramente acima da média.

O restante do país está dentro da média, sem desvios significativos.

Temperatura mínima

Fig. 9a: agosto Fig. 9a: agosto
Fig. 9b: setembro Fig. 9b: setembro
Fig. 9c: outubro Fig. 9c: outubro
Fig. 9: Menor temperatura mínima prevista para: (a) agosto; (b) setembro; (c) outubro.

Com base nas projeções dos modelos climáticos para as anomalias de temperatura mínima no Brasil nos meses de agosto, setembro e outubro de 2024, prevê-se uma tendência de temperaturas mais altas do que o normal de forma generalizada.

A previsão de anomalia para agosto indica anomalias positivas, com regiões do Centro-Oeste e Sudeste atingindo até +3,5°C acima da média, enquanto o restante do país apresenta anomalias mais moderadas, entre +0,5°C e +1,5°C.

Em setembro, as regiões Centro-Oeste e Sudeste terão os maiores aumentos (até +2,5°C), próximo as condições de agosto.

Em outubro, algumas regiões do Centro-Oeste, Sudeste, além do norte do Tocantins e centro-sul do Maranhão terão os maiores aumentos (até +2,5°C), enquanto o restante do Nordeste e Norte, além do Sul variam até +1,5°C.

Temperatura máxima

Fig. 10a: agosto Fig. 10a: agosto
Fig. 10b: setembro Fig. 10b: setembro
Fig. 10c: outubro Fig. 10c: outubro
Fig. 10: Maior temperatura máxima prevista para: (a) agosto; (b) setembro e (c) outubro.

Com base nas projeções dos modelos climáticos para as anomalias de temperatura máxima no Brasil nos meses de agosto, setembro e outubro de 2024, prevê-se uma tendência de temperaturas mais altas do que o normal de forma generalizada.

A previsão de anomalia para agosto indica anomalias positivas, com regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Norte atingindo até +3,5°C acima da média, enquanto o Nordeste apresenta anomalias entre +0,5°C e +3,5°C, e o Sul varia entre +0,5°C e +4,5°C.

Em setembro, as condições serão semelhantes às condições de agosto.

Em outubro, algumas regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, além do norte do Pará, Tocantins e Maranhão terão os maiores aumentos (até +3,5°C), enquanto o restante do país varia entre +0,5°C e +2,5°C.

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