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Boletim climático - março/2024

Condições oceânicas

Fig. 1: Anomalia de temperatura da superfície do mar entre 18/02/2024 e 16/03/2024
Fig. 1: Anomalia de temperatura da superfície do mar entre 18/02/2024 e 16/03/2024. Fonte: esrl.noaa.gov

Do final de fevereiro à meados de março, as águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial continuaram com temperaturas acima da média (figura 1), reforçando a manutenção da fase positiva do El Niño Oscilação Sul, o qual está ativo desde maio de 2023.

Perante a anomalia de temperatura de 1,5°C observada, o fenômeno ainda é classificado como de forte intensidade, apresentando tendência de enfraquecimento para os próximos meses.

Atualização IRI/CPC - previsão oceânica

Fig. 2: Previsão de consenso dos institutos NOAA e IRI, atualizada em 19/03/2024
Fig. 2: Previsão de consenso dos institutos NOAA e IRI, atualizada em 19/03/2024. Fonte: iri.columbia.edu

Conforme a previsão probabilística do Instituto de Pesquisas Internacionais da Universidade de Columbia (IRI) e do Centro de Previsões de Clima (CPC) (figura 2), publicada em 19/03, a duração do El Niño deve se estender até entre os meses de abril e maio, se direcionando para moderada e fraca intensidade, até entrar no estágio de neutralidade.

Já da parte final de maio até meados de julho a maior probabilidade aponta para a fase neutra do fenômeno, enquanto a partir de agosto o cenário pode se desenvolver para uma condição de La Niña, com probabilidades de 74% em setembro e de 82% em outubro, inclusive podendo evoluir para uma intensidade moderada neste último mês.

Tendência de chuva para os próximos 3 meses

abril

Fig. 3: Média de precipitação em abril Fig. 3: Média de precipitação em abril.
Fig. 4: Tendência de chuva para abril com desvio em relação ao que é normal para o mês Fig. 4: Tendência de chuva para abril com desvio em relação ao que é normal para o mês.
Fonte: CHIRPS (estimativa de satélite)

De acordo com previsão climática de precipitação para abril de 2024, algumas áreas geográficas específicas do Brasil parecem estar enfrentando desvios notáveis em relação ao esperado para o período. Por exemplo, o estado de MT, partes de GO, centro-norte do MS, sul de MG, Triângulo Mineiro, sul do TO, sul do MA e oeste da BA, assim como o estado de SP e RO, podem estar antecipando uma precipitação abaixo do normal.

Em contrapartida, o restante ficará dentro da média climatológica.

maio

Fig. 5: Média de precipitação em maio Fig. 5: Média de precipitação em maio.
Fig. 6: Tendência de chuva para maio com desvio em relação ao que é normal para o mês Fig. 6: Tendência de chuva para maio com desvio em relação ao que é normal para o mês.
Fonte: CHIRPS (estimativa de satélite)

Segundo as projeções climáticas para maio de 2024, verifica-se uma variação significativa nas condições de precipitação em diversas regiões do Brasil. Regiões como o leste do PI, AL, SE, RS, oeste de SC, sudoeste do PR e o extremo sul do MS estão previstas para receber volumes de chuva superiores à média.

Por outro lado, áreas como o PA, MA, faixa oeste do PI, TO, oeste da BA, SP, centro do MS, MG, ES, RJ e a faixa leste de GO deverão apresentar índices pluviométricos dentro do esperado para a época.

Contudo, espera-se que a faixa oeste de GO, o estado de MT e RO experimentem uma precipitação inferior ao normal para o mês de maio.

junho

Fig. 7: Média de precipitação em junho Fig. 7: Média de precipitação em junho.
Fig. 8: Tendência de chuva para junho com desvio em relação ao que é normal para o mês Fig. 8: Tendência de chuva para junho com desvio em relação ao que é normal para o mês.
Fonte: CHIRPS (estimativa de satélite)

Conforme as estimativas meteorológicas para junho de 2024, observa-se uma alteração considerável nos padrões de chuva pelo Brasil. Neste mês, apenas AL e SE devem experimentar níveis de precipitação acima da média.

Em contrapartida, uma gama de regiões, incluindo o PA, RS, MA, sudoeste do PR, oeste de SC, PI, TO, RO, MT, oeste da BA, MG, ES, RJ, além do extremo norte de SP e GO, está prevista para manter índices pluviométricos alinhados ao esperado para o período.

Entretanto, espera-se que o MS, a área extremamente sul do MT, o centro-sul de SP, o leste do PR e o leste de SC enfrentem precipitações abaixo da média habitual para o mês de junho.

Temperatura mínima

Fig. 9a: abril Fig. 9a: abril
Fig. 9b: maio Fig. 9b: maio
Fig. 9c: junho Fig. 9c: junho
Fig. 9: Menor temperatura mínima prevista para: (a) abril; (b) maio; (c) junho.

As previsões climáticas de temperatura mínima para o Brasil durante os meses de abril, maio e junho de 2024 mostram uma tendência de queda à medida que avançamos para o inverno.

Em abril, o mapa apresenta temperaturas mais amenas, com maior parte do país apresentando mínimas entre 14°C e 26°C, exceto para regiões mais ao Sul, onde as temperaturas já caem abaixo de 14°C.

Avançando para maio, a queda de temperatura é mais evidente no Sul do país, com as áreas mais frias se expandindo e as temperaturas caindo abaixo de 10°C em alguns pontos.

Em junho, a chegada do inverno fica mais marcada, com uma extensão maior de áreas azuis indicando temperaturas mínimas mais baixas, especialmente no Sul e Sudeste, onde a temperatura mínima cai para faixas ainda mais frias, abaixo de 2°C em algumas áreas, refletindo um padrão típico de inverno na região Sul do Brasil.

Temperatura máxima

Fig. 10a: abril Fig. 10a: abril
Fig. 10b: maio Fig. 10b: maio
Fig. 10c: junho Fig. 10c: junho
Fig. 10: Maior temperatura máxima prevista para: (a) abril; (b) maio e (c) junho.

As previsões de temperatura máxima para o Brasil em abril, maio e junho de 2024 indicam uma diminuição gradual do calor com a proximidade do inverno.

Em abril, as temperaturas são altas em grande parte do país, com o Centro-Oeste e Nordeste atingindo máximas entre 34°C e 40°C.

Em maio, nota-se um ligeiro resfriamento, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, com máximas que ainda se mantêm entre 30°C e 40°C em muitas áreas, mas com uma redução perceptível no calor extremo.

Quando junho chega, a mudança é mais evidente com um recuo adicional nas temperaturas máximas, que se mantêm predominantemente entre 26°C e 38°C em vastas regiões do país, e o Sul apresentando uma redução mais significativa de calor, refletindo a típica transição para condições mais frescas do inverno brasileiro.

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