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Blog Zeus

Publicado em

Boletim analítico - março/2024

fevereiro

Acumulado e anomalia de precipitação

Região Norte

Fig. 1a: Precipitação total Fig. 1a: Precipitação total
Fig. 1b: Anomalia de precipitação Fig. 1b: Anomalia de precipitação
Fonte: CPTEC/INPE

Para a precipitação acumulada na região Norte em fevereiro de 2024 (figura 1a), observamos um padrão notável. O nordeste do PA e o sul dessa mesma região, junto ao centro-sul do AM e do AC, registraram chuvas significativas, atingindo volumes superiores a 500 mm em alguns pontos.

Por outro lado, em áreas específicas de TO e RO, os acumulados de chuva se situaram entre 250 e 350 mm.

Já em RR, no extremo norte do AM e no noroeste do PA, as chuvas foram relativamente baixas, variando de 0 a 100 mm, o que é característico para o mês de fevereiro, quando a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) está em posição mais ao sul.

Em relação às anomalias de precipitação (figura 1b), o nordeste e sul do PA, junto ao centro-sul do AM e centro-sul do AC, onde as chuvas foram abundantes, as anomalias ficaram entre 100 e 300 mm acima da média histórica.

Por outro lado, as regiões restantes, que incluem grande parte de RR, o AM e áreas do noroeste paraense, apresentaram anomalias negativas, recebendo menos chuva do que o esperado para o período.

Região Nordeste

Fig. 2a: Precipitação total Fig. 2a: Precipitação total
Fig. 2b: Anomalia de precipitação Fig. 2b: Anomalia de precipitação
Fonte: CPTEC/INPE

Para a Região Nordeste, a precipitação acumulada em fevereiro de 2024 (figura 2a) mostra um padrão influenciado pela atuação da ZCIT. As áreas do centro-norte do MA, centro-norte do PI e norte do CE registraram volumes significativos de chuvas, variando entre 400 e 500 mm. A fronteira do Matopiba experimentou acumulados de 250 a 350 mm.

Enquanto isso, o litoral teve uma quantidade menor de chuvas, com registros entre 50 e 100 mm. E as demais regiões do Nordeste apresentaram acumulados entre 100 e 200 mm.

De acordo com a figura 2b, a maior parte do Nordeste experimentou um mês de fevereiro mais chuvoso do que o normal. Algumas áreas tiveram um excedente considerável, com chuvas superando a média climatológica em 200 a 300 mm.

No entanto, o sul de SE, o sul do CE, o oeste do RN, a PB e o extremo oeste do MA foram exceções, apresentando anomalias negativas, com volumes de chuvas abaixo do esperado para o período.

Região Centro-Oeste

Fig. 3a: Precipitação total Fig. 3a: Precipitação total
Fig. 3b: Anomalia de precipitação Fig. 3b: Anomalia de precipitação
Fonte: CPTEC/INPE

Na Região Centro-Oeste, durante fevereiro de 2024, o padrão de precipitação acumulada (figura 3a) foi marcado por contrastes significativos.

No norte do MT e no centro-norte de GO, observaram-se acumulados que variaram entre 250 e 500 mm, indicando um período bastante chuvoso nessas áreas.

Em contraste, a faixa leste do MS e o sul do MT registraram precipitações consideravelmente menores, com valores de até 100 mm.

Para as demais regiões do Centro-Oeste, o volume de chuvas ficou entre 100 e 200 mm.

Em relação às anomalias de precipitação (figura 3b), o oeste do MS apresentou valores ligeiramente acima do normal, com um excedente de até 50 mm.

Notavelmente, o centro-norte de Goiás e o centro-norte a noroeste do Mato Grosso exibiram anomalias positivas acentuadas, com algumas áreas ultrapassando 400 mm acima da média climatológica, refletindo um excesso de chuvas bem acima do esperado.

Enquanto isso, o restante da região Centro-Oeste teve anomalias negativas, recebendo menos precipitação do que é típico para o período.

Região Sudeste

Fig. 4a: Precipitação total Fig. 4a: Precipitação total
Fig. 4b: Anomalia de precipitação Fig. 4b: Anomalia de precipitação
Fonte: CPTEC/INPE

Na Região Sudeste, a precipitação acumulada para fevereiro de 2024 (figura 4a) mostra uma variação significativa.

A região de Montes Claros (MG), outras áreas do centro-norte de MG, a zona da mata mineira, o sul do RJ e o leste do estado de SP registraram um acumulado de chuvas entre 250 e 400 mm, refletindo um período muito chuvoso para essas áreas.

Em contrapartida, as demais áreas do Sudeste tiveram quantidades de chuva menores, com acumulados variando entre 50 e 150 mm.

Quanto à anomalia de precipitação (figura 4b), o norte de MG, a zona da mata mineira, o sul do RJ, ES e o leste de SP apresentaram desvios positivos em relação à média climatológica, com algumas áreas exibindo uma anomalia positiva de 200 a 300 mm. Isso indica que essas regiões receberam um volume de chuvas substancialmente maior que o esperado.

Por outro lado, as demais regiões do Sudeste apresentaram anomalias negativas, com precipitações abaixo da média histórica para o mês.

Região Sul

Fig. 5a: Precipitação total Fig. 5a: Precipitação total
Fig. 5b: Anomalia de precipitação Fig. 5b: Anomalia de precipitação
Fonte: CPTEC/INPE

Para o mês de fevereiro de 2024, a precipitação acumulada na Região Sul do Brasil (figura 5a) indica que o litoral do PR e o litoral norte de SC registraram altos volumes de chuva, com acumulados entre 250 e 400 mm.

As regiões do noroeste do RS, oeste de SC e sul do PR também experimentaram precipitações consideráveis, com registros entre 100 e 300 mm.

A maior parte das demais áreas teve um volume de chuvas moderado, variando de 50 a 100 mm.

Porém, houve pequenas áreas no centro-sul do Rio Grande do Sul e na região central do Paraná onde a precipitação foi significativamente menor, apenas entre 10 e 30 mm.

A análise das anomalias de precipitação (figura 5b) revela que, embora a maior parte da Região Sul tenha recebido chuvas abaixo da média climatológica, houve exceções.

O litoral do PR, o litoral norte de SC, as regiões do noroeste do RS, oeste de SC e sul do PR apresentaram anomalias positivas. Apesar de estarem acima do normal, essas anomalias não foram tão significativas quanto em outras regiões analisadas anteriormente.

Anomalia de temperaturas mínima e máxima

Região Norte

Fig. 6a: Anomalia da temperatura mínima Fig. 6a: Anomalia da temperatura mínima
Fig. 6b: Anomalia da temperatura máxima Fig. 6b: Anomalia da temperatura máxima
Fonte: CPTEC/INPE

Durante fevereiro de 2024, a Região Norte experimentou um aumento nas temperaturas mínimas (figura 6a), com algumas áreas como o centro do PA, norte e sul do AM, RO, AC e RR registrando anomalias de até 2°C acima do normal, enquanto nas máximas (figura 6b), o noroeste do PA e RR alcançaram desvios de até 3°C acima da média.

Contrastando com isso, o oeste do AM, nordeste do PA, RO e TO observaram anomalias ligeiramente negativas nas máximas, com algumas áreas tendo até 1,5°C abaixo do esperado, refletindo uma configuração climática desigual na região.

Região Nordeste

Fig. 7a: Anomalia da temperatura mínima Fig. 7a: Anomalia da temperatura mínima
Fig. 7b: Anomalia da temperatura máxima Fig. 7b: Anomalia da temperatura máxima
Fonte: CPTEC/INPE

Em fevereiro de 2024, a Região Nordeste do Brasil vivenciou notáveis anomalias de temperatura, refletindo mudanças significativas em comparação à média histórica.

As temperaturas mínimas (figura 7a) na maior parte da região superaram o normal, com destaque para o CE, onde os termômetros registraram desvios superiores a 3°C acima da média. BA, SE, PE e áreas na fronteira do Matopiba também experimentaram temperaturas noturnas mais elevadas, com aumentos de até 2,5°C.

Por outro lado, as temperaturas máximas (figura 7b) mostraram um padrão inverso, com a maioria das localidades registrando valores abaixo do normal; a BA teve quedas de até 3°C. A exceção foi o nordeste da região, incluindo partes do CE, RN e PB, onde as temperaturas máximas foram mais próximas ou ligeiramente acima do normal.

Região Centro-Oeste

Fig. 8a: Anomalia da temperatura mínima Fig. 8a: Anomalia da temperatura mínima

Fig. 8b: Anomalia da temperatura máxima Fig. 8b: Anomalia da temperatura máxima
Fonte: CPTEC/INPE

Em fevereiro de 2024, a Região Centro-Oeste do Brasil registrou uma variação notável nas anomalias de temperatura.

As temperaturas mínimas (figura 8a) foram consistentemente mais elevadas do que a média histórica em toda a região, com o sudoeste do MS e MT enfrentando as maiores anomalias, atingindo até 2°C acima do normal.

As temperaturas máximas (figura 8b), por outro lado, mostraram uma tendência diferente. GO registrou temperaturas máximas abaixo do normal, com algumas áreas apresentando reduções de até 3°C.

Enquanto isso, as demais áreas da região Centro-Oeste experimentaram temperaturas máximas ligeiramente acima do normal, com exceção do sul do MS e sudoeste do MT, onde os desvios chegaram a 2°C acima do esperado para a época do ano.

Região Sudeste

Fig. 9a: Anomalia da temperatura mínima Fig. 9a: Anomalia da temperatura mínima

Fig. 9b: Anomalia da temperatura máxima Fig. 9b: Anomalia da temperatura máxima
Fonte: CPTEC/INPE

Em fevereiro de 2024, as temperaturas na Região Sudeste do Brasil apresentaram padrões distintos de anomalias.

Para as temperaturas mínimas (figura 9a), a maior parte da região manteve-se próxima à média climatológica, com exceção da Zona da Mata em MG, onde a elevação do albedo devido à maior cobertura de nuvens manteve as noites mais quentes do que o normal, com anomalias positivas de até 3°C.

Já para as temperaturas máximas (figura 9b), o estado de SP apresentou valores dentro da média esperada para o mês. No entanto, em MG, RJ e ES, as máximas foram influenciadas pela presença da ZCAS, que, ao bloquear a radiação solar direta, resultou em temperaturas diurnas mais baixas do que o normal, com o norte de MG destacando-se com desvios de até 3°C.

Região Sul

Fig. 10a: Anomalia da temperatura mínima Fig. 10a: Anomalia da temperatura mínima

Fig. 10b: Anomalia da temperatura máxima Fig. 10b: Anomalia da temperatura máxima
Fonte: CPTEC/INPE

Fevereiro de 2024 trouxe para a Região Sul do Brasil temperaturas mínimas (figura 10a) acima da média em quase toda a extensão, destacando-se o aumento de até 2,5°C em diversas áreas, com a exceção notável do litoral de SC.

Quanto às máximas (figura 10b): a faixa leste, incluindo o litoral catarinense, apresentou anomalias negativas de temperatura, com reduções que alcançaram até 3°C, sugerindo dias mais frescos que o comum, possivelmente devido a sistemas frontais ou influências oceânicas.

Em contrapartida, a parte oeste da região, notavelmente na região da Campanha e oeste do PR, registrou anomalias positivas, com máximas excedendo a média em mais de 3°C, refletindo dias substancialmente mais quentes nessas localidades.

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