Boletim climático - janeiro/2024
- Condições oceânicas
- Atualização IRI/CPC - previsão oceânica
- Tendência de chuva para os próximos 3 meses
- Temperatura mínima
- Temperatura máxima
Condições oceânicas

Entre o final de dezembro e grande parte de janeiro de 2024 a temperatura da superfície do Oceano Pacífico Equatorial esteve acima do normal, condicionando o cenário climático à influência do fenômeno El Niño.
Diante do padrão de temperatura, a intensidade é classificada como forte, o que torna a sua influência na distribuição das chuvas de forma mais pronunciada.
Atualização IRI/CPC - previsão oceânica

No relatório publicado em 11 de janeiro pelo Instituto de Pesquisas Internacionais da Universidade de Columbia (IRI) e o Centro de Previsões de Clima (CPC), é apontada a continuidade do El Niño para os próximos meses, permanecendo até meados de abril.
A probabilidade de ocorrência é de 100% para fevereiro e de 94% para março.
Entre abril e julho as condições indicam para uma fase neutra, especialmente em maio e junho, com 73% e 63% de probabilidade, respectivamente.
Já a partir de agosto está sendo desenhada a possibilidade da formação de La Niña, com números indicando para 58% de chance em agosto e 64% em setembro.
Tendência de chuva para os próximos 3 meses
fevereiro
Fig. 3: Média de precipitação em fevereiro.
Fig. 4: Tendência de chuva para fevereiro com desvio em relação ao que é normal para o mês.No mês de fevereiro, a distribuição climatológica de precipitação evidencia os maiores volumes acumulados entre a porção do extremo norte do estado de MT e os estados da Região Norte do Brasil, com exceção de RR, onde os valores superam predominantemente os 300 mm.
Em contrapartida, nas regiões norte de MG, e no interior do Nordeste, os volumes de chuva geralmente não excedem os 150 mm.
Na Região Sul, bem como em MS, SP, parte meridional de MG, sul de GO e Triângulo Mineiro, os acumulados pluviométricos situam-se na faixa de 150 mm a 200 mm.
A expectativa para o mês de fevereiro é que se apresente condições para volumes dentro da média em uma extensa área que se estende desde o sul do PA, RO, MA, norte do PI, norte de MS, centro-norte de TO até o centro-sul de SP, conforme indicado pelas áreas coloridas em verde na figura 4.
Por outro lado, prevê-se que na Região Sul e no sul de MS os volumes acumulados de chuva fiquem abaixo da média histórica.
Áreas no extremo norte de SP, MG, GO, sul do TO, centro do MA, BA e o litoral do Nordeste são esperadas para receber precipitações acima ou significativamente acima da média.
março
Fig. 5: Média de precipitação em março.
Fig. 6: Tendência de chuva para março com desvio em relação ao que é normal para o mês.Março é marcado climatologicamente por chuvas intensas na maior parte da Região Norte (exceto RR), algumas áreas do Centro-Oeste, no norte do MA e PI.
Em contraste, a maior parte de RR, o interior da BA, SE e AL geralmente recebem menos de 70 mm de chuva.
Para este mês, a previsão indica precipitações dentro da média para a Região Sul, leste de GO, ES, norte do RJ, oeste da BA e grande parte de MG.
No entanto, no MT, PA, RO, MS, sul do RJ, SP, extremo norte do PR, MA, TO, PI, oeste de GO, SE, AL, Triângulo Mineiro e extremo sul de MG, espera-se que os volumes de chuva fiquem abaixo do normal.
abril
Fig. 7: Média de precipitação em abril.
Fig. 8: Tendência de chuva para abril com desvio em relação ao que é normal para o mês.No mês de abril, observa-se climatologicamente um padrão de precipitações abundantes em extensas áreas da Região Norte, assim como nas regiões setentrionais dos estados do MA e PI.
Em contrapartida, regiões como a BA, MG, SP, bem como o interior de PE, AL e SE, predominantemente registram índices pluviométricos inferiores a 70 mm.
Para este mês, a previsão indica precipitações abaixo da média para RO, PA, MA, PI, norte do TO, centro da BA e boa parte do MT.
No entanto, no leste do MT, sul do TO, oeste da BA, MG, SP, MS, ES, RJ, AL, SE, nordeste do PR e leste de SC, estão previstas para receber precipitações condizentes com os valores médios típicos para este período do ano, indicando uma normalidade no padrão pluviométrico.
Adicionalmente, áreas situadas no sudoeste do PR, extremo sul de MS, sudoeste de SC e RS têm expectativas de volumes pluviométricos acima da média.
Temperatura mínima
Fig. 9a: fevereiro
Fig. 9b: março
Fig. 9c: abrilEm fevereiro as temperaturas mínimas variam predominantemente entre 8 a 26°C, com as regiões costeiras do Sul e Sudeste, bem como o extremo sul do país, apresentando as temperaturas mais baixas. A maior parte do território nacional, incluindo a Região Norte, grande parte do Centro-Oeste, e o Nordeste, exibe temperaturas mínimas mais elevadas.
Para o mês de março, a distribuição de temperaturas mínimas é similar, com a maioria do país mantendo temperaturas na faixa de 6 a 26°C.
No mês de abril, o ar mais frio continuará confinado à Região Sul, mais pela faixa leste de SP e sul de MG, também é esperado que algum sistema meteorológico possa promover o rebaixamento de temperatura de maneira mais intensa, com valores na faixa de 4 a 26°C.
Temperatura máxima
Fig. 10a: fevereiro
Fig. 10b: março
Fig. 10c: abrilPara fevereiro, as temperaturas mais altas estão concentradas no centro do país, abrangendo estados como MS, TO, SP, centro-sul do MT, Triângulo Mineiro, sul de MG, norte do PR, oeste da BA e GO, com temperaturas máximas próximas a 40°C.
Diferentemente, em março, há uma ligeira redução nas temperaturas máximas no centro do país, mas ainda apresentando temperaturas altas no sul de MT, MS, oeste de SP e sul de GO.
Em abril, observa-se uma redução mais significativa nas temperaturas máximas. Os estados do Sul, como RS, SC e PR, além de partes do Sudeste, como MG, RJ e ES, além de boa parte do Nordeste apresentam temperaturas mais amenas.