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Boletim climático - setembro/2024

Condições oceânicas

Fig. 1: Anomalia de temperatura da superfície do mar entre 18/08/2024 e 14/09/2024
Fig. 1: Anomalia de temperatura da superfície do mar entre 18/08/2024 e 14/09/2024. Fonte: esrl.noaa.gov

Entre o período 18/08 a 14/09, as temperaturas da superfície do mar equatorial (TSM) estão próximas ou abaixo da média no oceano central e oriental (figura 1). O índice semanal Nino 3.4 mais recente foi de -0,5°C, enquanto as anomalias de TSM mais quentes na região extremo leste de Nino 1+2 (+0,2°C) e resfriamento na região ocidental de Nino 4 (+0,1°C).

Condições ENSO neutras estão presentes e a transição para o La Niña já começou.

Atualização IRI/CPC - previsão oceânica

Fig. 2: Previsão de consenso dos institutos NOAA e IRI, atualizada em 12/09/2024
Fig. 2: Previsão de consenso dos institutos NOAA e IRI, atualizada em 12/09/2024. Fonte: iri.columbia.edu

A previsão do Instituto de Pesquisas Internacionais da Universidade de Columbia (IRI) junto ao CPC NOAA (figura 2), atualizada em setembro, aponta que a transição para o La Niña ocorra entre setembro-novembro. As condições ENSO neutras persistem no Pacífico Equatorial Ocidental, enquanto os indicadores oceânicos e atmosféricos começaram a mostrar sinais de desenvolvimento de La Niña, incluindo um fortalecimento sustentado dos ventos alísios e convecção reduzida sobre o Pacífico Centro-Leste durante os últimos dois meses.

Em resumo, La Niña favorecida para surgir durante setembro-novembro (71% de chance) e persistir durante o verão de 2024-25 (durante novembro-janeiro).

Tendência de chuva para os próximos 3 meses

outubro

Fig. 3: Climatologia de precipitação em outubro Fig. 3: Climatologia de precipitação em outubro.
Fig. 4: Previsão de anomalia de precipitação para outubro com desvio em relação ao que é normal para o mês Fig. 4: Previsão de anomalia de precipitação para outubro com desvio em relação ao que é normal para o mês.
Fonte: MERGE/CPTEC

A climatologia de outubro no Brasil (figura 3) mostra alta precipitação no Noroeste e Sul (até 300 mm), moderada no Centro-Oeste e Sudeste (até 200 mm) e baixa no Nordeste (exceto região produtora do Matopiba).

A previsão de anomalia de precipitação para outubro de 2024 (figura 4) indica desvio negativo no sudeste do Pará, com tendência de precipitação abaixo da média. Na região do Paraná há áreas com precipitação ligeiramente acima da média. Enquanto o restante do país está dentro da média, sem desvios significativos.

novembro

Fig. 5: Climatologia de precipitação em novembro Fig. 5: Climatologia de precipitação em novembro.
Fig. 6: Previsão de anomalia de precipitação para novembro com desvio em relação ao que é normal para o mês Fig. 6: Previsão de anomalia de precipitação para novembro com desvio em relação ao que é normal para o mês.
Fonte: MERGE/CPTEC

A climatologia de novembro no Brasil (figura 5) mostra alta precipitação no Noroeste, especialmente na região do Amazonas, com acumulados que podem ultrapassar 300 mm. O Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul apresentam precipitação moderada, variando entre 100 mm e 250 mm. Enquanto áreas do Nordeste, mostram valores mais baixos (em torno de 30 mm), exceto região produtora do Matopiba, que varia de 50 a 200 mm.

A previsão de anomalia de precipitação para novembro de 2024 (figura 6) indica desvio negativo no leste do Pará, norte do Tocantins e centro-sul do Maranhão, sugerindo precipitação abaixo da média. O restante do país está dentro da média, sem desvios significativos.

dezembro

Fig. 7: Climatologia de precipitação em dezembro Fig. 7: Climatologia de precipitação em dezembro.
Fig. 8: Previsão de anomalia de precipitação para dezembro com desvio em relação ao que é normal para o mês Fig. 8: Previsão de anomalia de precipitação para dezembro com desvio em relação ao que é normal para o mês.
Fonte: MERGE/CPTEC

A climatologia de dezembro no Brasil (figura 7) mostra alta precipitação no Norte, especialmente na região do Amazonas e Amapá, com acumulados que podem ultrapassar 400 mm. O Centro-Oeste e Sudeste também apresentam alta na precipitação, variando entre 100 mm e 400 mm. O Sul varia em torno de 50 a 200 mm. Enquanto áreas do Nordeste, mostram valores mais baixos (em torno de 30 mm), exceto a regiões produtoras do Matopiba, variando entre 100 mm e 250 mm.

A previsão de anomalia de precipitação para dezembro de 2024 (figura 8) indica desvio negativo no leste do Pará, norte do Tocantins e centro-sul do Maranhão, sugerindo precipitação abaixo da média. O restante do país está dentro da média, sem desvios significativos.

Temperatura mínima

Fig. 9a: outubro Fig. 9a: outubro
Fig. 9b: novembro Fig. 9b: novembro
Fig. 9c: dezembro Fig. 9c: dezembro
Fig. 9: Anomalia de temperatura mínima prevista para: (a) outubro; (b) novembro; (c) dezembro.

As anomalias de temperatura mínima para os meses de outubro, novembro e dezembro de 2024 no Brasil (figura 9) mostram um padrão consistente de temperaturas acima da média em grande parte do país, especialmente nas regiões produtoras do Matopiba.

Em outubro, as anomalias positivas são amplas, cobrindo quase a totalidade do país, com valores que ultrapassam 2,5°C acima da média.

Em novembro, o padrão se repete, mas melhorando o cenário para as regiões do Matopiba.

Em dezembro, o aquecimento anômalo continua em grande parte do país, mas de forma mais concentrada. A região Sul, em contraste, apresenta menos variação anômala significativa, com algumas áreas até exibindo anomalias dentro da média.

Temperatura máxima

Fig. 10a: outubro Fig. 10a: outubro
Fig. 10b: novembro Fig. 10b: novembro
Fig. 10c: dezembro Fig. 10c: dezembro
Fig. 10: Anomalia de temperatura máxima prevista para: (a) outubro; (b) novembro e (c) dezembro.

As anomalias de temperatura máxima para os meses de outubro, novembro e dezembro de 2024 no Brasil (figura 10) mostram um padrão consistente de temperaturas acima da média em grande parte do país, especialmente na faixa leste do Pará.

Em outubro, as anomalias positivas são amplas, cobrindo quase a totalidade do país, com valores que ultrapassam 3,5°C acima da média.

Em novembro, o padrão se repete, mas ainda persistindo o cenário anômalo para as regiões do Matopiba.

Em dezembro, o aquecimento anômalo continua em grande parte do país, exceto região costeira do Sul e Sudeste.

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