Boletim climático - agosto/2024
- Condições oceânicas
- Atualização IRI/CPC - previsão oceânica
- Tendência de chuva para os próximos 3 meses
- Temperatura média
Condições oceânicas

Entre o período 21/07 a 17/08, as temperaturas da superfície do mar equatorial estão acima da média no Pacífico ocidental, próximas da média no Pacífico centro-leste e abaixo da média no Oceano Pacífico oriental (figura 1).
O índice semanal Nino 3.4 mais recente foi de -0,1°C, enquanto as anomalias de TSM permaneceram mais frias na região extremo leste de Nino 1+2 (0°C) e mais quentes na região ocidental de Nino 4 (+0,6°C).
Condições ENSO neutras estão presentes.
Atualização IRI/CPC - previsão oceânica

A previsão do Instituto de Pesquisas Internacionais da Universidade de Columbia (IRI) junto ao CPC NOAA (figura 2), atualizada em agosto, aponta que a transição para o La Niña ocorra entre setembro-novembro.
Embora a taxa de resfriamento das temperaturas da superfície do mar equatorial tenha sido mais lenta do que o previsto anteriormente, temperaturas abaixo da média do subsolo e anomalias de vento de leste de baixo nível continuam propícias ao desenvolvimento de La Niña nos próximos meses.
Em resumo, espera-se que o ENSO neutro continue pelos próximos meses, com La Niña favorecida para surgir durante setembro-novembro (66% de chance) e persistir durante o verão de 2024-25 (74% de chance durante novembro-janeiro).
Tendência de chuva para os próximos 3 meses
setembro
Fig. 3: Média de precipitação em setembro.
Fig. 4: Tendência de chuva para setembro com desvio em relação ao que é normal para o mês.A climatologia de setembro no Brasil mostra alta precipitação no Noroeste e Sul (até 250 mm), moderada no Centro-Oeste e Sudeste (até 100 mm) e baixa no Nordeste (exceto na região costeira).
A previsão de anomalia de precipitação para setembro de 2024 indica desvio negativo no sudoeste do Pará, com tendência de precipitação abaixo da média, enquanto o restante do país está dentro da média, sem desvios significativos.
outubro
Fig. 5: Média de precipitação em outubro.
Fig. 6: Tendência de chuva para outubro com desvio em relação ao que é normal para o mês.A climatologia de outubro no Brasil mostra alta precipitação no Noroeste e Sul (até 300 mm), moderada no Centro-Oeste e Sudeste (até 150 mm) e baixa no Nordeste (exceto região costeira).
A previsão de anomalia de precipitação para outubro de 2024 indica desvio negativo no sudeste do Pará, sugerindo precipitação abaixo da média.
Na região do extremo sul do Mato Grosso do Sul e oeste do Paraná há pequenas áreas com precipitação ligeiramente acima da média.
O restante do país está dentro da média, sem desvios significativos.
novembro
Fig. 7: Média de precipitação em novembro.
Fig. 8: Tendência de chuva para novembro com desvio em relação ao que é normal para o mês.A climatologia de novembro no Brasil mostra alta precipitação no Norte, especialmente na região do Amazonas, com acumulados que podem ultrapassar 300 mm.
O Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul apresentam precipitação moderada, variando entre 100 mm e 250 mm. Enquanto áreas do Nordeste, mostram valores mais baixos (em torno de 30 mm), exceto no oeste da região, variando entre 100 mm e 200 mm.
A previsão de anomalia de precipitação para novembro de 2024 indica desvio negativo no leste do Pará, norte do Tocantins e centro-sul do Maranhão, sugerindo precipitação abaixo da média.
Na região do extremo sul do Mato Grosso do Sul, oeste do Paraná e oeste de Santa Catarina há pequenas áreas com precipitação ligeiramente acima da média.
O restante do país está dentro da média, sem desvios significativos.
Temperatura média
Fig. 9a: setembro
Fig. 9b: outubro
Fig. 9c: novembroAs anomalias de temperatura média para os meses de setembro, outubro e novembro de 2024 no Brasil (figura 9) mostram um padrão consistente de temperaturas acima da média em grande parte do país, especialmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste.
Em setembro, as anomalias positivas são amplas, cobrindo vastas áreas do Centro-Oeste, partes do Norte e Sudeste, com valores que ultrapassam 2,5°C acima da média.
Em outubro, as anomalias positivas se intensificam no Norte (mais especificamente no Tocantins), enquanto o Centro-Oeste e Sudeste ainda apresentam áreas significativas de calor anômalo.
Em novembro, o aquecimento anômalo continua no Norte e Nordeste, mas de forma mais concentrada, enquanto as anomalias positivas se tornam mais espalhadas no restante do país. A região Sul, em contraste, apresenta menos variação anômala significativa, com algumas áreas até exibindo anomalias dentro da média.